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Novo estudo analisa impactos duradouros da COVID-19 na população brasileira

O Ministério da Saúde dá início à segunda fase de um abrangente estudo nacional sobre a COVID-19 no Brasil, visando entender as repercussões de longo prazo da doença na população. Nesta nova etapa, 33.250 pessoas que contraíram o vírus e residem em 133 municípios brasileiros serão visitadas em suas residências durante o mês de março. O objetivo primordial é fornecer subsídios para a formulação de políticas públicas destinadas ao tratamento das sequelas conhecidas como condições pós-COVID ou COVID longa.

Coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente e conduzido pela Universidade Federal de Pelotas, o estudo, intitulado “Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil”, visa preencher lacunas significativas, uma vez que ainda não existem estimativas nacionais sobre o impacto de longo prazo da doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 20% das pessoas infectadas desenvolvem condições pós-COVID, independentemente da gravidade do quadro.

A coleta de dados está prevista para durar entre 15 e 20 dias, envolvendo 250 cidadãos de cada município selecionado que participaram das fases anteriores do estudo em 2020 e 2021. As equipes de entrevistadores realizarão visitas domiciliares, abordando questões cruciais como vacinação, histórico de infecção, sintomas persistentes e impacto da doença na rotina diária.

É importante ressaltar que todos os participantes serão selecionados aleatoriamente por sorteio, com apenas um membro por residência respondendo ao questionário. Diferentemente das fases anteriores, não haverá coleta de sangue ou outros testes de COVID nesta etapa. Além da Universidade Federal de Pelotas, participam da pesquisa instituições renomadas como a Universidade Católica de Pelotas, a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

As entrevistas serão conduzidas pela empresa LGA Assessoria Empresarial, contratada pelo Ministério da Saúde. Os entrevistadores, devidamente treinados, estarão identificados com crachás da empresa e coletes brancos contendo as marcas da UFPel, da Fundação Delfim Mendes Silveira (FDMS) e da LGA.

Para garantir transparência e facilitar a comunicação com a população, as prefeituras das 133 cidades envolvidas foram informadas sobre o estudo através de suas secretarias municipais de Saúde, e uma reunião online foi realizada com o coordenador da pesquisa, o epidemiologista Pedro Halla, e membros do Ministério da Saúde. Em caso de dúvidas, os moradores são orientados a entrar em contato com as prefeituras, enquanto a empresa LGA está disponível pelos telefones (31) 3335-1777 e (31) 99351-2430.

Informações detalhadas sobre o Epicovid 2.0 estão disponíveis nos sites do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Pelotas.

As fases anteriores do estudo, conduzidas entre 2020 e 2021, desempenharam um papel crucial na compreensão dos efeitos e na disseminação do vírus no Brasil. Entre as descobertas mais significativas, o estudo revelou que a prevalência de infecções era três vezes maior do que os números oficiais sugeriam, com os 20% mais pobres enfrentando um risco de infecção dobrado em comparação com os 20% mais ricos.

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