O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou uma série de mudanças significativas no calendário de semeadura da soja para a safra 2023/2024 em sete estados brasileiros. As Portarias nº 968, 980 e 986 foram publicadas em resposta a solicitações do setor produtivo e Agências Estaduais, motivadas pelo atraso na semeadura e pelos prejuízos decorrentes da falta de chuva durante o início da safra nesses estados.
Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o novo período para semeadura da soja vai de 16 de setembro de 2023 a 13 de janeiro de 2024, representando um aumento de 20 dias em relação à data anteriormente estabelecida.
No estado de Goiás, o prazo também foi estendido em 10 dias, indo de 25 de setembro de 2023 a 12 de janeiro de 2024.
Em Tocantins, o calendário foi ampliado em 12 dias, com o período de semeadura indo de 1º de outubro de 2023 a 20 de janeiro de 2024.
O Pará foi dividido em três regiões, cada uma com seu próprio período de semeadura. A primeira vai de 16 de setembro de 2023 a 14 de janeiro de 2024, a segunda de 1º de novembro de 2023 a 28 de fevereiro de 2024, e a terceira de 16 de novembro de 2023 a 14 de março de 2024.
No Piauí, também foram estabelecidas três regiões, com datas de semeadura diferentes. A primeira vai de 1º de dezembro de 2023 a 09 de março de 2024, a segunda de 1º de novembro de 2023 a 08 de fevereiro de 2024, e a terceira de 30 de setembro de 2023 a 28 de janeiro de 2024.
No Acre, o período de semeadura foi prorrogado em 20 dias, indo até o dia 18 de janeiro de 2024. Anteriormente, o calendário ia de 21 de setembro a 29 de dezembro de 2023.
Essas mudanças no calendário de semeadura visam reduzir o risco da propagação da ferrugem asiática da soja, uma das doenças mais prejudiciais à cultura da soja. O Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) implementou essa medida fitossanitária para otimizar o uso de fungicidas e minimizar o desenvolvimento de resistência do fungo Phakopsora pachyrhizi às substâncias químicas utilizadas no seu controle. A ferrugem asiática pode causar danos substanciais, variando de 10% a 90% na produção da soja, quando ocorre em níveis epidêmicos em diferentes regiões geográficas.