Entre as capitais brasileiras, Goiânia se destaca por manter a tarifa de ônibus do transporte coletivo sem alterações desde 2019, um feito único no país. Essa estabilidade tarifária foi viabilizada pelo suporte financeiro do Governo de Goiás, em colaboração com as administrações municipais de Goiânia e cidades vizinhas como Aparecida de Goiânia, Goianira, Senador Canedo e Trindade, beneficiando diretamente cerca de 254 mil cidadãos mensalmente, com um total de 12 milhões de deslocamentos nesse período.
O auxílio financeiro ao transporte público foi iniciado pelo Governo de Goiás em 2020, como uma medida de socorro emergencial à população durante a crise sanitária da Covid-19. Em dezembro de 2021, a implementação da Lei Complementar 169 reorganizou a gestão do transporte metropolitano e formalizou a continuidade deste subsídio, representando um investimento estadual que alcança aproximadamente R$ 300 milhões até o momento, incluindo um aporte de R$ 138 milhões somente em 2023.
Atualmente, a tarifa cobrada dos usuários é de R$ 4,30, valor que, sem o subsídio, chegaria a R$ 9,38. Este cálculo considera a última atualização da tarifa técnica em janeiro. Com as recentes injeções de capital no sistema de transporte, o Governo de Goiás e as prefeituras assumem agora 54,15% do custo total por passagem, evidenciando um esforço conjunto para minimizar o impacto financeiro sobre a população.
Adriano da Rocha Lima, secretário-geral de Governo, ressalta a importância desse subsídio para a mobilidade urbana, enfatizando o acesso ampliado ao transporte público como um vetor de dignidade e inclusão social.
Na distribuição de responsabilidades financeiras, o Governo de Goiás e a Prefeitura de Goiânia contribuem igualmente com 41,2% cada, enquanto Aparecida de Goiânia e Senador Canedo participam com 9,4% e 8,2%, respectivamente.
O programa introduziu benefícios sociais significativos, como o Bilhete Único Metropolitano, que facilita a integração de viagens dentro de um intervalo de 2h30, beneficiando mais de 96 mil usuários todos os meses. Além disso, o Passe-Livre do Trabalhador oferece descontos para empregadores, e a meia-tarifa permite viagens mais acessíveis em trajetos curtos para moradores de cidades selecionadas.
O Cartão Família é outra inovação, possibilitando que até cinco membros de uma mesma família viajem pagando apenas uma passagem aos finais de semana e feriados.
Com um orçamento de R$1,6 bilhão, o plano “Nova RMTC” do Governo de Goiás promete transformar o transporte público na Região Metropolitana de Goiânia, com a substituição total da frota por ônibus novos e climatizados, além da modernização de infraestruturas e sistemas, garantindo a manutenção da tarifa em R$ 4,30.
