O governo australiano anunciou uma mudança significativa nas normas alfandegárias que regem a importação de bebidas destiladas à base de cana-de-açúcar, como a cachaça brasileira. Esta medida foi recebida com entusiasmo pelo governo brasileiro, abrindo novos horizontes para os produtores e exportadores do famoso destilado nacional.
Anteriormente, para que a cachaça brasileira pudesse entrar no mercado australiano, era exigido um período mínimo de dois anos de envelhecimento em barris de madeira. No entanto, essa exigência ia de encontro à tradição de produção da cachaça não envelhecida no Brasil. Em resposta a essa barreira, o governo brasileiro iniciou negociações bilaterais com a Austrália, através de reuniões entre altas autoridades e gestões da Embaixada em Camberra, bem como em fóruns internacionais como a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Essa flexibilização das normas alfandegárias representa uma abertura significativa no mercado australiano para os produtores e exportadores brasileiros de cachaça. Em 2023, o Brasil já havia exportado mais de US$ 20 milhões em cachaça para cerca de 100 países, e agora, com essa nova oportunidade, a perspectiva é de um aumento ainda maior no volume de negócios no mercado australiano.
Essa mudança não apenas beneficia os produtores brasileiros, mas também amplia as opções para os consumidores australianos, que agora terão acesso a uma variedade ainda maior de produtos de qualidade. Com isso, fortalece-se não apenas o comércio bilateral entre Brasil e Austrália, mas também a riqueza e diversidade cultural que cada país tem a oferecer.