Especialistas em anestesia de Goiânia suspenderam suas atividades nos centros de saúde municipais. A Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Goiás (COOPANEST-GO) anunciou esta decisão em 5 de janeiro.
A suspensão afeta também as unidades do SUS em Goiânia, devido à falta de um contrato formal com a prefeitura por mais de um ano. A cooperativa está reivindicando o pagamento de uma dívida de aproximadamente R$ 25,6 milhões.
Detalhes do Contrato
A COOPANEST assinou um contrato de serviço com o município em 4 de janeiro de 2016, que expirou em 29 de janeiro de 2021. Um aditamento estendeu o contrato até 31 de janeiro de 2022.
Posteriormente, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) optou por um contrato emergencial, apesar das tentativas da COOPANEST de formalizar um processo administrativo legal.
Compromisso dos Anestesiologistas
Mesmo após o término do contrato, os anestesiologistas continuaram prestando serviços durante 2023, mantendo o compromisso com o bem-estar dos pacientes, mesmo sem receber pagamento.
Inadimplência nos Pagamentos
A COOPANEST agora afirma que a prefeitura não cumpriu com os pagamentos acordados, resultando em uma dívida próxima a R$ 26 milhões. Essa dívida abrange os períodos de dezembro de 2021, janeiro a dezembro de 2022, e até o último dia de serviço prestado.
Discussões sobre a Dívida
A dívida de anos anteriores foi negociada com Durval Pedroso, ex-secretário da saúde, mas não foi paga conforme o acordado. O atual secretário, Wilson Pollara, tem ignorado essas pendências.
Agravamento da Situação
A situação se agravou em 14 de dezembro de 2023, quando a SMS emitiu a Portaria n° 424, revogando a Portaria n° 33, que estabelecia valores para a prestação de serviços de anestesiologia.