Na última terça-feira (5), o vereador Willian Veloso (PL) liderou uma audiência pública impactante que abordou o poder transformador do esporte, da cultura e da arte como meios eficazes de inclusão para pessoas com deficiência. O evento, parte das comemorações do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, proporcionou um debate rico e relevante.
Na cerimônia de abertura, Veloso enfatizou a capacidade singular do esporte, da arte e do lazer em conceder visibilidade e autonomia para aqueles com deficiências, desde que sejam oferecidas as oportunidades necessárias. Ele expressou: “É por meio dessas plataformas que muitos indivíduos encontram um espaço significativo, saindo do isolamento e vivendo com dignidade.”
O encontro contou com a presença de João Batista Turibio, diretor de Paradesporto da Superintendência de Desporto, que compartilhou os esforços em andamento, revelando que atualmente oito modalidades esportivas estão em desenvolvimento. No entanto, Turibio ressaltou a necessidade de ampliação, pois mais de 1.200 crianças com deficiência na rede municipal ainda não são contempladas por esses programas.
A dificuldade maior, conforme observou Turibio, reside na garantia da continuidade desses indivíduos nos programas devido à falta de políticas públicas consolidadas. “O desafio para nós, gestores públicos, está em não apenas oferecer oportunidades, mas também garantir a permanência das pessoas com deficiência nessas atividades”, ponderou.
Ana Geralda dos Santos, diretora da Escola Municipal Dona Angelina Pucci Limongi, compartilhou uma experiência pessoal comovente. Ela descreveu como o esporte se tornou um divisor de águas na vida de sua filha, Maria Clara, uma atleta com deficiência que conquistou três medalhas nos Jogos Paralímpicos nacionais deste ano. “Maria Clara encontrou no esporte a felicidade e uma forma de inclusão, tanto na escola como nas relações interpessoais. Foi essencial para o desenvolvimento dela e para que fosse vista não pela sua deficiência, mas por suas habilidades”, contou Ana Geralda.
Por outro lado, Ana Carolina Reis, medalhista de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de 2023, compartilhou sua jornada como atleta paralímpica, revelando que o esporte foi a chave para sua aceitação pessoal. “O esporte me concedeu uma vida. Antes, eu não me aceitava como pessoa com deficiência. Hoje, sinto que evoluo a cada dia como ser humano”, expressou emocionada.
Durante a audiência, a professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) e presidente da Associação Brasileira de Atividades Motoras, Vanessa Dalla Dea, juntamente com sua filha Ana Beatriz, apresentou a coreografia “Cumplicidade”, que narra a história de uma mulher com Síndrome de Down e sua mãe. Vanessa ressaltou a escassez de representação de pessoas com deficiência na área cultural, criticando a falta de acessibilidade nos teatros para artistas com deficiência.
Willian Veloso também mencionou a recente derrubada do veto do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) ao seu projeto de lei que visa a tornar obrigatória a acessibilidade em eventos públicos, reforçando o compromisso com a inclusão e a igualdade de oportunidades para todos.