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Uso de cheques no Brasil registra uma queda drástica de 95% desde 1995

O número de cheques utilizados pelos brasileiros em 2023 diminuiu consideravelmente em comparação com anos anteriores, com uma queda de 17% em relação a 2022, de acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (22) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). No ano passado, o país compensou apenas 168,7 milhões de cheques. Esta cifra representa uma queda impressionante de 95% em comparação com o início da série histórica em 1995, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques. Essas estatísticas têm como base o Serviço de Compensação de Cheques (Compe).

Além disso, os dados da Febraban também revelaram uma redução no volume financeiro dos cheques e no número de cheques devolvidos, incluindo os devolvidos por falta de fundos, desde 1995. Naquele ano, o volume financeiro totalizou incríveis R$ 2 trilhões. Entretanto, em 2023, esse valor caiu para R$ 610,2 bilhões, uma queda de 70,18%. Em comparação com 2022, houve uma redução de 8,5%, quando o montante atingiu R$ 668,8 bilhões.

No ano passado, ocorreu a devolução de 18 milhões de cheques, representando 10,67% do total de cheques compensados no país. Isso marcou uma queda de 7,9% em relação a 2022, quando 19,5 milhões de documentos foram devolvidos. Os cheques podem ser devolvidos por vários motivos, como falta de fundos, irregularidades ou erros de preenchimento.

A entidade também informou que, em relação aos cheques devolvidos por falta de fundos, o total diminuiu de 15 milhões em 2022 para 13,6 milhões no ano passado, representando uma redução de 9%.

A Febraban atribui essa diminuição no uso de cheques ao avanço dos meios de pagamento digitais, como internet e mobile banking, bem como à introdução do Pix em 2020.

“A pandemia estimulou o uso dos canais digitais dos bancos e, atualmente, quase 8 em cada 10 transações bancárias no Brasil são realizadas por meio desses canais, como o mobile banking e internet banking (77%). Além disso, a preferência dos brasileiros pelo Pix vem se consolidando como o principal meio de pagamento no país”, afirma Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban.

Em relação aos pagamentos, a Febraban observa que, apesar da redução no volume de transações, o valor médio dos cheques aumentou no último ano, passando de R$ 3.257,88 em 2022 para R$ 3.617,60 em 2023. A entidade sugere que essa mudança pode ser explicada pela preferência dos brasileiros por utilizar cheques em transações de maior valor.

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