✍️ Autor: Redação 📅 Atualizado em 16/04/2025 às 14:34
O governo federal prevê superávit primário de R$ 38,2 bilhões em 2026, conforme o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) enviado ao Congresso Nacional nesta terça-feira (15). O valor supera a meta formal de R$ 34,3 bilhões e demonstra o esforço do Executivo em manter a trajetória de responsabilidade fiscal.
O superávit representa 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) e está dentro da margem de tolerância permitida pelo arcabouço fiscal, que prevê variação de 0,25 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que até mesmo um resultado nulo ainda seria considerado cumprimento da meta.
Previsão para os próximos anos
O documento projeta os seguintes superávits primários:
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2027: R$ 73,4 bilhões (0,5% do PIB)
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2028: R$ 157,3 bilhões (1% do PIB)
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2029: R$ 210,7 bilhões (1,25% do PIB)
As faixas de variação permitidas pelo arcabouço podem levar o resultado de 2029 a até R$ 263 bilhões, dependendo da arrecadação e do crescimento econômico.
Redução de gastos em programas públicos
O governo pretende economizar R$ 50,8 bilhões até 2029, com cortes em programas como:
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INSS: R$ 3,1 bi a R$ 3,8 bi/ano
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BPC: até R$ 4,5 bi/ano
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Proagro: R$ 3,8 bi/ano entre 2025 e 2029
Essas medidas fazem parte de uma estratégia de revisão de despesas obrigatórias, com foco em equilíbrio fiscal.
Teto de crescimento dos gastos
O novo arcabouço fiscal também limita o aumento das despesas públicas:
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Crescimento máximo de 2,5% ao ano até 2028
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1,55% em 2029
Com isso, os limites autorizados para gastos da União serão:
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2026: R$ 2,431 trilhões
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2027: R$ 2,586 trilhões
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2028: R$ 2,736 trilhões
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2029: R$ 2,863 trilhões
A informação foi confirmada pelo Jornal VER7, que acompanha com atenção os ajustes no Orçamento da União e seus impactos diretos sobre a sociedade brasileira e a realidade econômica do país.
Análise crítica
A proposta orçamentária do governo mostra compromisso com a estabilidade fiscal, mas também levanta questões políticas e sociais. A previsão de superávit acima da meta pode agradar ao mercado, mas os cortes programados em áreas como previdência e assistência social podem gerar forte reação no Congresso. A gestão desses conflitos será essencial para garantir governabilidade e manutenção do equilíbrio das contas públicas até o fim da década.
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