O Brasil recebeu com satisfação a notícia de que os Estados Unidos aceitaram o Certificado Sanitário Internacional Vegetal (CSIV) para a exportação de óleo de cozinha usado (“Used Cooking Oil” – UCO). Este resíduo, derivado de óleos e gorduras vegetais utilizados na indústria alimentícia, é vital para a produção de biocombustíveis, incluindo biodiesel e combustível de aviação sustentável.
Para atender às exigências americanas, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (DIPOV) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) emitirá certificações de rastreabilidade, identidade e origem do produto, baseadas em rigorosas auditorias dos procedimentos de autocontrole dos estabelecimentos exportadores.
A abertura do mercado americano representa uma oportunidade significativa para o Brasil, impulsionada pela crescente demanda dos EUA por biocombustíveis. Em 2023, os americanos importaram cerca de 1,4 milhão de toneladas métricas de UCO, suficientes para produzir 2,27 bilhões de litros de biocombustíveis, com um valor de aproximadamente US$ 1,66 bilhão. Os principais fornecedores foram China, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Chile.
Esta é a segunda abertura de mercado dos EUA para produtos agrícolas brasileiros em 2024, após a autorização para exportação de gelatina e colágeno de origem animal em janeiro. No ano passado, o Brasil exportou mais de US$ 9,82 bilhões em produtos agrícolas para os EUA, que são o segundo maior parceiro comercial do país.
Com esta nova abertura, o agronegócio brasileiro alcançou sua 146ª expansão comercial em 51 países desde o ano passado. Em 2024, foram abertos 68 novos mercados em 29 países.
Mais informações sobre os critérios e requisitos para habilitação de estabelecimentos armazenadores para exportação de UCO estão disponíveis no site do Mapa. Estes resultados são fruto da colaboração estreita entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).