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Jornal Ver 7 – Governo Federal já interiorizou mais de 66 mil venezuelanos

Refugiados e migrantes que entraram no Brasil por Roraima contam com apoio do Governo para encontrar emprego e melhorar as condições de vida

O Governo Federal realizou a interiorização de 66,2 mil refugiados e migrantes venezuelanos até o final do ano passado. De acordo com balanço do Ministério da Cidadania, 788 municípios nos 26 estados e no Distrito Federal já foram o destino de venezuelanos em busca de melhores condições de vida. A iniciativa faz parte da Operação Acolhida, que oferece assistência humanitária aos migrantes e refugiados vindos do país vizinho.

A interiorização é a forma encontrada pelo Estado Brasileiro para oferecer acolhimento e oportunidade de integração aos venezuelanos que entram no país por Pacaraima e, assim, reduzir a pressão sobre os serviços públicos do estado de Roraima.

Dos 66.257 venezuelanos interiorizados até o final de 2021, mais de 61 mil (92%) foram integrados partir de janeiro de 2019, no atual Governo.

“Essas pessoas precisam, neste momento, de muita compreensão e de ajuda para que elas possam enfrentar esse momento. Não estão vindo aqui por opção, muitas estão aqui no Brasil por necessidade plena, por não encontrar realmente condições de subsistir em seu país de origem, a Venezuela”, ressaltou o ministro da Cidadania, João Roma.

A maioria dos migrantes e refugiados levados para outros estados está em grupo familiar. Só 12% viajaram sozinhos. Mais de um terço, 37%, são crianças e adolescentes.

A estratégia de interiorização teve início em abril de 2018 e apenas os refugiados e migrantes regularizados no país, imunizados, avaliados clinicamente e com termo de voluntariedade assinado participam das ações. Em função da Covid-19, foram incluídas como critério também a testagem e a vacinação contra o novo coronavírus.

“Mesmo durante esse período de pandemia, nós acolhemos essas pessoas, demos toda a infraestrutura necessária: alimentação, medicamentos, a parte de registro civil através do Ministério da Justiça. Muitos vieram [nem] sequer com documento da Venezuela, então foi um trabalho amplo, com assistência social para poder prover. Muitas mães venezuelanas já deram à luz aqui no Brasil, pessoas que vieram grávidas, que passaram por muitas intempéries”, ressaltou João Roma.

Três estados da Região Sul foram os que mais receberam venezuelanos. Foram 11.218 no Paraná, 10.540 em Santa Catarina e 9.506 no Rio Grande do Sul.

Operação Acolhida

A Operação Acolhida e a interiorização são coordenadas pelo Governo Federal com o apoio da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e outras 46 organizações da sociedade civil. O Ministério da Cidadania lidera o subcomitê Federal para Acolhimento e Interiorização e é responsável pela articulação com estados e municípios para garantir que os imigrantes e refugiados sejam inseridos nos serviços socioassistenciais nas cidades de destino.

Desde o agravamento da crise política e econômica no país vizinho, mais de 280 mil migrantes e refugiados venezuelanos entraram no Brasil e já tiveram a situação regularizada.

Para isso, o processo tem início na etapa do atendimento, que começa nas estruturas montadas para assegurar a recepção, identificação, fiscalização sanitária, imunização, regularização migratória e triagem de todos que vêm do país vizinho. Logo após, os refugiados e migrantes são acolhidos nos abrigos.

A Operação conta 14 abrigos, nove para não-indígenas e cinco para indígenas, distribuídos nos estados de Roraima e Amazonas. A terceira e última etapa do processo é a Interiorização.

De acordo com a ONU, mais de cinco milhões de pessoas foram forçadas a sair da Venezuela para procurar melhores condições de vida nos últimos anos. O Brasil é um dos destinos mais procurados.

Saiba mais sobre a Operação Acolhida aqui.

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