No palco internacional da Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP 28), o Brasil, representado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), tem sido um protagonista ativo na formação de parcerias estratégicas de alcance global.
Em um movimento estratégico no sábado (9) em Dubai, Roberto Perosa, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, comandou uma série de reuniões cruciais. Uma das mais notáveis foi com Martien van Nieuwkoop, diretor global de Agricultura e Alimentos do Banco Mundial. Eles debateram sobre um programa inovador para a conversão de pastagens degradadas. Perosa destacou a relevância de um recente decreto presidencial que não apenas estrutura o programa mas também cria um comitê gestor interministerial, sinalizando um compromisso governamental sério com a sustentabilidade.
A reunião com Nieuwkoop trouxe à tona a possibilidade de uma parceria promissora com o Banco do Brasil, focada em projetos de descarbonização. Nieuwkoop expressou um interesse palpável em estabelecer uma linha de crédito para tais projetos, incluindo a conversão de pastagens. Ele também se mostrou disposto a auxiliar na formação de um mecanismo financeiro que atraia investimentos privados para essas iniciativas.
Em outro encontro significativo, Perosa reuniu-se com representantes da Syngenta, uma empresa líder em tecnologias agrícolas. O secretário apresentou o decreto que formaliza o programa e o comitê gestor, estreitando os laços com a Syngenta. A empresa mostrou-se interessada em expandir sua participação no programa, demonstrando como parcerias público-privadas podem ser cruciais no avanço da sustentabilidade agrícola.
O encontro com Petra Laux, Grazielle Parenti e Daniel Vernand, da Syngenta, foi um testemunho da crescente colaboração entre o governo brasileiro e líderes da indústria na busca por soluções sustentáveis.
Além disso, houve
uma reunião significativa com Andrea Ledward, diretora de Meio Ambiente do DEFRA (Departamento do Ambiente, da Alimentação e dos Assuntos Rurais do Reino Unido). Nessa ocasião, discutiram-se as novas regulamentações britânicas sobre due diligence aplicadas a commodities de risco, tais como soja, carne e couro bovinos, cacau e óleo de palma. Ledward assegurou que o Reino Unido reconhece e respeita as normativas ambientais brasileiras, incluindo as definições de desmatamento legal e ilegal. Um período de um ano foi concedido para a implementação dessa regulamentação.
O secretário Perosa elogiou a abordagem do Reino Unido, enfatizando a importância de estratégias colaborativas em vez de restritivas para enfrentar desafios de sustentabilidade de forma eficiente e harmoniosa entre as nações.
Outro diálogo produtivo ocorreu com o ministro da Agricultura de São Vicente e Granadinas, Saboto Caesar. Esse encontro centrou-se em questões de cooperação técnica e científica, envolvendo a Embrapa. Discutiu-se também o fortalecimento das relações e uma maior integração com a região do Caribe, evidenciando o compromisso do Brasil em estabelecer parcerias significativas além de suas fronteiras.
Todas essas reuniões, marcadas pela presença de Marcel Moreira Pinto, diretor de Promoção Comercial e Investimentos do Mapa, reforçam o papel estratégico do Brasil na COP 28 e seu compromisso com o avanço de práticas sustentáveis e colaborativas no cenário global.
