Sandro Mabel articula, Rogério Cruz sanciona: taxa do lixo aprovada em Goiânia gera rejeição histórica e marca fim da gestão Cruz

Com apoio técnico da PGM e articulação política de Sandro Mabel, a aprovação da taxa do lixo é vista como o maior desgaste da gestão Rogério Cruz, que se aproxima da aposentadoria política em meio à rejeição popular.

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Por Gil Campos: Goiânia, 20 de dezembro de 2024Sandro Mabel (UB), futuro prefeito de Goiânia, desempenhou papel central na aprovação da polêmica taxa do lixo, sancionada nesta sexta-feira (20) por Rogério Cruz (SD). A medida, que enfrenta rejeição histórica de 85% da população, conforme apontado em enquete realizada pelo VER7, marca o último grande ato político da gestão Cruz antes de sua possível aposentadoria do cenário político.

Sandro Mabel e a articulação política

Durante o período de transição, Mabel foi o principal responsável por reativar o projeto da taxa do lixo, anteriormente arquivado pela Câmara Municipal. Ele solicitou o desarquivamento e apresentou modificações ao texto original, garantindo sua aprovação. Mabel, que assumirá o comando da prefeitura em 2025, manteve-se nos bastidores, enquanto Rogério Cruz ficou com o desgaste da sanção.

Cruz, que encaminhou o projeto à Câmara ainda em 2021, afirmou que seguiu pareceres técnicos da Procuradoria Geral do Município (PGM) e da Casa Civil, que apontaram “não haver óbices jurídicos” à sanção. A decisão viabiliza a cobrança da taxa a partir de abril de 2025, em conformidade com o princípio da anualidade tributária.

“Se a Procuradoria disser que está OK, eu assino. Caso contrário, reanalisaria com os vereadores e Mabel”, declarou Cruz antes da sanção.

Rejeição popular e críticas à medida

A aprovação da taxa do lixo ocorre em um momento de forte insatisfação popular. Para muitos moradores de Goiânia, que já enfrentam altos impostos e serviços públicos deficitários, a medida representa mais um peso financeiro. A rejeição de 85% da população, apontada na enquete, reflete o descontentamento com as administrações municipais e a percepção de má gestão pública.

Impactos políticos e o futuro de Cruz e Mabel

A sanção da taxa do lixo é vista como o maior desgaste da gestão Rogério Cruz, que encerra sua carreira política sob forte rejeição. A decisão reforça a percepção de isolamento político de Cruz e amplia as críticas à falta de alinhamento com os anseios da população.

Por outro lado, Sandro Mabel consolida sua influência nos bastidores, mas corre o risco de herdar uma prefeitura com alto nível de insatisfação popular. O futuro prefeito, que já enfrenta questionamentos sobre sua elegibilidade, terá o desafio de administrar Goiânia em meio a uma população descrente e sobrecarregada.

Análise crítica

A taxa do lixo simboliza a desconexão entre as lideranças políticas e a população de Goiânia. A rejeição popular à medida poderia ter sido um indicativo claro para uma postura mais alinhada aos interesses da sociedade. No entanto, a decisão política priorizou estratégias de bastidores e alianças internas.

O peso político recaiu sobre Rogério Cruz, mas o impacto dessa medida será sentido por Mabel em sua gestão. O desgaste gerado pela taxa do lixo pode ser apenas o início de novos desafios políticos para a administração futura.

Nota da Redação: O VER7 reafirma seu compromisso com a transparência e mantém o espaço aberto para que Sandro Mabel, Rogério Cruz e demais envolvidos apresentem suas justificativas e esclarecimentos sobre a sanção da taxa do lixo e seus desdobramentos.

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# Gil Campos

Gil Campos, publicitário, jornalista e CEO do Grupo Ideia Goiás e Jornais Associados, é o fundador dos veículos Folha de Goiás, Opinião Goiás e Folha do Estado de Goiás. Com uma visão inovadora e estratégica, ele transforma o jornalismo em Goiás, oferecendo notícias de qualidade, análises profundas e cobertura dos principais fatos no Brasil e no mundo. Fale com Gil Campos: 📱 WhatsApp: (62) 99822-8647 📧 E-mail: [email protected] | [email protected] | [email protected]

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