Em Goiânia, o prefeito Rogério Cruz (SD) está diante de um momento decisivo: sancionar ou vetar a taxa do lixo, medida imposta por Sandro Mabel (UB) e aprovada pela Câmara Municipal. A proposta gerou forte rejeição popular e colocou Cruz no centro das críticas em um jogo político marcado por interesses e articulações de bastidores.
Rejeição popular chega a 85%
Uma enquete realizada pelo Jornal VER7 revelou que 85% dos moradores de Goiânia são contrários à criação da taxa do lixo. Para a população, a medida representa um custo adicional injusto em uma cidade onde a carga tributária já é elevada e os serviços públicos são alvo de constantes críticas.
A pressão política nos bastidores
Sandro Mabel, futuro prefeito e articulador da taxa, exerce grande influência política e busca consolidar a medida antes de assumir o cargo em 2025. Segundo analistas, a estratégia de Mabel é transferir o desgaste político para Rogério Cruz, que se vê pressionado a tomar uma decisão em um contexto de forte rejeição pública.
Enquanto isso, aliados políticos de Mabel e outros articuladores da medida mantêm silêncio estratégico, buscando evitar críticas diretas e preparando terreno para o próximo mandato.
Análise crítica: o dilema de Rogério Cruz
A decisão de Rogério Cruz será um divisor de águas em sua gestão. Sancionar a taxa do lixo pode levar à deterioração de sua imagem política, já que ele será visto como o principal responsável por uma medida impopular. Por outro lado, vetar a proposta pode representar um ato de coragem, alinhando-o com os interesses da população e demonstrando que ele não cede a pressões políticas de bastidores.
Essa decisão não é apenas administrativa, mas reflete um cenário político onde a população exige maior transparência e responsabilidade da classe política.