Num capítulo marcante para a agricultura brasileira, o Plano Safra 2023/2024 revela sua potência ao desembolsar extraordinários R$ 186 bilhões nos primeiros quatro meses de execução. Este valor representa um notável incremento de 14%, comparado ao mesmo período da safra anterior (julho-outubro), conforme dados oficiais meticulosamente divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Essa injeção substancial de crédito rural, destinada tanto à agricultura familiar quanto à empresarial, promete impulsionar significativamente a prosperidade do setor.
Detalhando o desdobramento desses recursos, observamos que dos R$ 186 bilhões totais, R$ 110 bilhões foram destinados ao custeio, R$ 35 bilhões a concessões para linhas de investimentos, R$ 21 bilhões em operações de comercialização, e R$ 19 bilhões em industrialização. Importante notar que a única área que apresentou uma redução foi a de investimentos, registrando uma queda de 20%, passando de R$ 44 bilhões para R$ 35,28 bilhões. O secretário adjunto substituto de Política Agrícola, Wilson Vaz, esclarece que essa diminuição é resultado de decisões autônomas de produtores ou cooperativas, não indicando falta de recursos do Plano Safra.
O volume expressivo de contratos celebrados durante esses quatro meses atingiu a marca de 832.726, com 602.528 contratos no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e 101.614 no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).
Em termos de abrangência, os R$ 186 bilhões correspondem a 43% do total programado para a safra atual, englobando pequenos, médios e grandes produtores, totalizando R$ 435,8 bilhões. Quanto à agricultura empresarial (médios e grandes agricultores), foram alocados R$ 160,3 bilhões, representando um crescimento sólido de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O ministério destaca que essa cifra representa 44% do total programado pelo governo, alcançando R$ 364,2 bilhões. No que diz respeito aos pequenos e médios produtores, foram destinados R$ 26,5 bilhões no Pronaf e R$ 28,5 bilhões no Pronamp, contemplando diversas finalidades como custeio, investimento, comercialização e industrialização.
Adicionalmente, outros produtores formalizaram 128.584 contratos, totalizando R$ 131,8 bilhões em financiamentos liberados pelas instituições financeiras.
O Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (ModerAgro) destaca-se ao registrar contratações de R$ 1 bilhão em financiamentos agropecuários para investimento, representando um notável aumento de 22% em comparação ao mesmo período da safra anterior. Os financiamentos para o programa Pronamp atingiram a marca de R$ 2,5 bilhões, apresentando um crescimento expressivo de 50%.
Em relação às fontes de recursos do crédito rural, o Mapa ressalta que a participação dos recursos livres equalizáveis atingiu R$ 8,7 bilhões, indicando um impressionante aumento de 445% em relação ao mesmo período da safra anterior. Esta tendência sugere uma maior preferência por essa fonte, disponibilizada para equalização dentro do Plano Safra, sinalizando um cenário promissor para o setor agrícola nacional.